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Foto do escritorJean De Paola

Joe Biden e as novas políticas de Mudanças Climáticas




As Mudanças Climáticas estão acontecendo, e podem ser acompanhada não só pelo aumento da temperatura da Terra como nos últimos anos, como também pelo maior número de furacões, maior extremos de temperaturas e aumento do nível dos oceanos. Há milhares de artigos científicos que acompanham e retratam esses fenômenos, sendo feitos por cientistas de todas as universidades do planeta.

Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos e lançou, de cara, várias medidas visando um maior controle em relação as Mudanças Climáticas, entre elas a de voltar ao acordo de Paris. Outras cinco medidas foram tomadas e apenas as revistas científicas como a Scientific American se ocuparam delas. No texto deste mês falo sobre essas medidas.

Emenda Kigali, na década de 80 o mundo civilizado se curvou pela primeira vez e, em quase uníssono, aos próprios estragos feitos à natureza e proibiu um tipo específico de gás que era utilizado como refrigerante em ar condicionado, geladeiras e em laquês para cabelo. Esse gás, o CFC(clorofluorcarbono escrito assim, tudo junto) tem como péssimo hábito atuar como catalisador(aquele elemento que não participa da reação química) na dissociação do O3 (gás ozônio) que está presente na nossa atmosfera e nos protege dos raios ultravioletas vindos do sol. Assim, sem o O3 não teríamos proteção e sem essa proteção não estaríamos por aqui. Os gases CFCs foram substituídos então, por uma nova classe gases os HFCs (hidrofluorcarbono). Esses novos gases não provocam um buraco na cada de ozônio porém são mais de 1000 vezes piores do que o gás carbônico no que diz respeito ao aquecimento global. Isso quer dizer que uma única molécula de HFC equivale a 1300 (um mil e trezentas) moléculas de CO2. A ideia apoiada por Biden é diminuir drasticamente a produção dos gases HFCs e substituí-lo por um outro menos agressivo.

Endurecimento do Licenciamento Ambiental, nessa diretiva torna-se mais complicado permitir a instalação de infraestrutura dos combustíveis fósseis. Em outras palavras, a instalação de tubulações e dutos que transportam gás e derivados do petróleo ficam mais difíceis de serem feitas. Paralelamente facilita projetos relacionados as energias renováveis, como as linhas de transmissão.

Torne a América resiliente, orientação para que o NOAA (Nation Oceanic and Atmospheric Administration que tem os vídeos e as animações mais bacanas, ilustrativas e didáticas sobre as variações de temperaturas do ar e do mar, você pode assisti-los tanto no instagram como no twitter) e a agência federal de gerenciamento de emergências expandam e melhorem a capacidade de prever o clima e que desenvolvam novas formas de comunicação com o público.

Empregos x Poluição locais que geram energia a partir de combustíveis fósseis geralmente são poluídos essa ordem executiva (do Biden) cria um plano de emprego orbitando em torno da limpeza dessas regiões evitando assim a evasão da população em busca de empregos.

E finalmente, o bloqueio de financiamento de projetos de combustíveis fósseis fora dos EU. A orientação ao secretário de Estado foi que ele junto com os secretários de tesouro e de energia, o banco americano Export-Import, o International Development Finance corp. para encerrar o financiamento internacional de projetos de exploração dos combustíveis fósseis (fora dos EU) e paralelamente impulsionar e incentivar o desenvolvimento de tecnologias visando obter energia verde tanto de empresas americanas quanto de estrangeiras.


Esta é uma nova tendência política dos EU que se alinha com todos os países desenvolvidos do mundo. Por outro lado, mudar a matriz energética de um país é um trabalho de décadas. Hoje, 80% da energia utilizada nos EU é de origem fóssil e, essas diretrizes apontam em uma nova direção.

Retirar os combustíveis fósseis da matriz é esforço enorme, que demanda estudos, cálculos de novas infraestruturas e empresas dispostas a investir muito. A Noruega produz aproximadamente 2% de todo o petróleo do mundo e vai continuar produzindo, para diminuir a pegada de carbono gerada investe em projetos verdes, no Brasil inclusive. O Brasil produz um por cento a mais de petróleo, ~3% e, não havendo outras formas de energia no horizonte continuará a produzir.


fotografia Navio sonda P76 da Petrobrás sendo montado porto Paranaguá

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