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Foto do escritorJean De Paola

Balanço de Branco e o que a temperatura que está anotada na lâmpada da cozinha tem a ver


UM DOS ELEMENTOS PARA SE FAZER UMA BOA FOTOGRAFIA é saber qual a luz que ilumina seu modelo. Instintivamente, sabemos que há diversos tipos de luz, como a amarela, que é a incandescente, a do sol, a de um dia nublado e a de lâmpadas fluorescentes. Para cada uma delas, nosso cérebro processa o lugar onde estamos com as cores naturais de cada superfície, objeto e pessoa que estamos olhando e, num passe de mágica, mesmo uma pessoa iluminada com uma luz azul é vista por nós com a tonalidade correta da pele, que, neste caso, a não ser que ela seja um Smurf, não será com a pele azul.

Então, indistintamente da cor da luz que ilumina uma parede branca, por exemplo, nós, seres humanos, temos a capacidade de processar as informações e enxergar a parede como branca. O que muda a cor da luz é a temperatura com que ela é gerada na sua fonte e também o caminho que essa luz percorre até incidir no objeto que olhamos, refletir e chegar aos nossos olhos ou ao sensor de uma câmera.

Esse tema, em fotografia, se chama Balanço de Branco ou White Balance (WH).

Diferentemente do nosso cérebro, uma câmera não dispõe de tantas conexões e, se você não avisá-la que precisa tomar uma atitude quanto às luzes de diferentes cores ou temperaturas iluminando seu modelo, a superfície do objeto fotografado sairá com a cor da luz que está incidindo nele.

Para contornar esse problema de cores indesejadas nas imagens, as câmeras fotográficas já saem de fábrica com o WB no automático. Dessa forma, os sensores captam a luz e estimam a cor, corrigindo-a para equipará-la ao que processamos em nosso cérebro. No WB automático, a foto sai como se ela tivesse sido iluminada com a luz branca. Se você quiser avançar um pouco mais nesses controles da sua câmera, há desenhos indicativos de fontes de luz – como sol, dia nublado ou lâmpada incandescente – que indicam a luz de origem. Assim, seu sensor saberá como corrigir a imagem.

Mas e a luz do sol? Como o sol do meio-dia tem uma cor tão diferente da cor da luz no fim da tarde, sendo que a temperatura do sol não muda? A resposta está no caminho que a luz percorre até nos atingir. De manhã cedo ou no fim da tarde, a luz do Sol faz um caminho paralelo à superfície da Terra, percorrendo a atmosfera próximo ao chão, que possui maior densidade de gás. Para ninguém achar que a Terra é plana, os raios solares tangenciam a superfície. Quando você está a quatro ou cinco mil metros de altitude, sente a falta dessa atmosfera e tem dificuldade para respirar, o ar é mais rarefeito, menos denso.

No fim da tarde, a luz branca do sol (que é a soma das cores do arco-íris) tem as suas tonalidades de azul retidas na atmosfera, chegando apenas àquele vermelho ou ao laranja que deixam as pessoas com um tom mais saudável. O amanhecer e o entardecer têm uma cor tão bonita para fotografias que é chamada de ‘hora dourada’, tendo até aplicativos de celular para lembrar você disso, dando a faixa horária em que ocorre. A estimativa da temperatura para essa situação é de 2.000K. Esse caminho da luz por uma atmosfera mais densa não ocorre ao meio-dia, quando o sol está a pino, e por essa razão a luz desse horário é mais branca, tendo uma temperatura por volta de 5.500K.

Boa parte das lâmpadas de hoje em dia são de LED, que proporcionam uma economia de eletricidade considerável para a mesma iluminação. Essas lâmpadas fornecem uma informação àqueles que curtem uma fotografia com maior precisão e gostam de regular a câmera de forma mais justa. Isso ocorre porque elas nos informam a sua temperatura. As lâmpadas comumente presentes em nossas cozinhas, por exemplo, têm a temperatura ou o WB de 3.000K, facilitando a escolha do ajuste correto do Balanço de Branco. Bora fotografar!

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